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Apontando o dedo

Como exemplos, veja as seguintes citações. A primeira envolve sacerdotes católicos dos Estados Unidos:

As autoridades eclesiais insistem que notório caso ocorrido em Louisiana, em 1985 — em que um padre abusou sexualmente de pelo menos 35 meninos — ensinou-os a lidar firmemente com este problema. Mas uma pesquisa feita durante três meses pelo Mercury News revela que, em mais de 25 dioceses por todo o país, os dirigentes eclesiais têm deixado de notificar as autoridades civis, transferindo os sacerdotes que cometem abusos sexuais para outras paróquias, têm ignorado as queixas dos pais, e têm desconsiderado os potenciais danos causados às vítimas infanto-juvenis (Despertai! de 22 de janeiro de 1989, página 10).

A citação a seguir é também trata de sacerdotes norte-americanos:

“Uma rajada de escândalos de abusos sexuais de crianças levou a Igreja Católica Romana a uma investigação de amplo alcance de sacerdotes pedófilos — fenômeno que os críticos dizem que há muito a hierarquia da Igreja mantém encoberto”, comenta o jornal The Herald-News, de Joliet, Illinois, EUA. “Nos últimos nove meses, sete sacerdotes na região de Chicago foram removidos de paróquias e um foi indiciado devido a queixas de maus-tratos sexuais que envolviam crianças.” Uma comissão de três membros foi nomeada pelo Cardeal Joseph Bernardin para decidir como lidar com o problema que, segundo um porta-voz da Igreja, “é bem mais grave do que se imaginava” e que se estima envolver centenas de sacerdotes em todo o país. Fazem-se agora esforços para remover os sacerdotes transgressores, anteriormente transferidos para outras paróquias. Algumas pessoas, porém, ainda estão apreensivas. “Eles não entendem a profundidade dos danos psicológicos quando se é prejudicado por alguém que representa a Igreja, a qual, cremos, formulou nossos valores, moral e princípios”, disse a mãe dum menino que sofreu abusos sexuais (Despertai! de 22 de agosto de 1992, página 28).

A próxima citação envolve sacerdotes católicos do Canadá (os colchetes são dos autores):

Chegou ao fim uma das maiores investigações de abusos sexuais realizadas no Canadá, envolvendo irmãos leigos de uma ordem religiosa católica. “Mais de 700 vítimas da [escola] St. Joseph”, em Alfred, Ontário, e da escola St. John, em Uxbridge, Ontário, apresentaram queixas, diz o jornal The Toronto Star. As queixas foram apresentadas “contra 30 homens, incluindo 29 membros da ordem religiosa Irmãos Leigos das Escolas Cristãs. Acusações teriam sido feitas contra outros 16 se estivessem vivos”, diz o Star. As vítimas ainda têm recordações perturbadoras de “espancamentos e agressões sexuais que sofreram na infância às mãos de membros dessa ordem leiga católico-romana, que vestem batina preta, aos cuidados de quem haviam sido confiadas”. O Star diz que, sem um inquérito público, os canadenses talvez nunca saibam por que homens que professam servir a Deus submetem meninos a abusos sexuais (Despertai! de 8 de setembro de 1994, página 29).

A próxima notícia envolvendo pedofilia foi colhida de um dos maiores e mais influentes jornais dos Estados Unidos, o The New York Times:

Alguns dos atos mais pecaminosos ocorrem sob o véu da religião. Um exemplo trágico são os abusos sexuais de crianças por clérigos. Segundo The New York Times, um advogado nos Estados Unidos “diz que tem 200 processos pendentes em 27 Estados a favor de clientes que afirmam ter sido molestados por sacerdotes”. De fato, as obras iníquas desses clérigos expõem qualquer aparência de religiosidade de sua parte como nada mais nada menos que hipocrisia (Despertai! de 22 de abril de 1995, página 6).

Outras edições não citadas chamam a atenção para as indenizações milionárias que a Igreja tem pagado a vítimas de sacerdotes, bem como para o fechamento de dioceses simplesmente pela escassez de recursos, os quais são redirecionados para as indenizações.

Do exposto nas citações acima, nota-se a preocupação do Corpo Governante com respeito ao fato de que as igrejas (1) têm preferido não denunciar seus sacerdotes às autoridades, (2) não têm se importado com o dano emocional causado às vítimas, (3) e que a comunidade nunca saberia dos casos, se não fosse uma investigação oficial. Por fim conclui, depois de citar o The New York Times, que tais sacerdotes, embora tenham aparência de santidade, são verdadeiros hipócritas. Com esse conceito a respeito de outras religiões, pode-se presumir que as Testemunhas de Jeová dão um bom exemplo no que diz respeito ao combate à pedofilia. O que indicam os fatos?

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