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Minha carta à ATCJ

O que segue é uma carta aberta enviada por mim à Associação das Testemunhas Cristãs de Jeová (ATCJ), com sede em São Paulo, referente às acusações apresentadas neste capítulo cinco em três partes. Enviei primeiro uma carta com data de 18 de abril de 2016, mas, por falha minha, o nome da Associação foi escrito de forma errada (Associação Cristã das Testemunhas de Jeová) e o campo “razão social” no AR ficou sem ser preenchido. Embora, a meu ver, isso não constituía razão válida para a carta ficar sem resposta, no dia 10 de maio de 2016 enviei uma segunda carta com as devidas correções. Mesmo assim, até a data em que encerro a edição deste livro, 20 de junho de 2016, nenhuma das minhas cartas obtiveram qualquer resposta.

Comprovantes de envio e recebimento  da carta. 

Prints da carta: aqui, aqui e aqui

Por que razão a minha carta ficou sem resposta? É verdade que o seu teor denuncia tratar de assuntos comumente propagado pelos considerados apóstatas, mas não me identifiquei como ex-integrante do grupo. Por esse motivo, considerando os fatos puro e simples, a minha carta merecia no mínimo a atenção que se daria a um cidadão brasileiro comum, de identidade e interesses desconhecidos.

Porém esse está longe de ser o meu caso em relação à Torre de Vigia. Referente à desassociação e dissociação de Testemunhas, a entidade religiosa decretou que os anciãos lhe enviem o nome de toda Testemunha expulsa ou que tenha renunciado ao grupo, e no caso das Testemunhas expulsas, ela requer que lhe sejam enviadas também as razões da expulsão.




Pastoreiem o Rebanho de Deus, página 101. Veja abaixo o formulário:



Pelo tempo que fui Testemunha de Jeová nunca tomei conhecimento de que existiam esses procedimentos. Também nem mesmo após a minha condenação pela comissão judicativa ninguém me pediu permissão para armazenar essas informações e nem mesmo fui informado de que isso seria feito. Depois que se descobre isso, é apenas lógico que alguém deseje também saber por que essas informações são armazenadas. Analisando friamente, faz sentido que a justiça brasileira mantenha um cadastro de pessoas condenadas ou que de alguma forma estejam em falta com a justiça. Com isso, quando necessário, uma busca nos arquivos pode fornecer todas as informações necessárias ao andamento de algum processo ou investigação, bem como pode ser útil à segurança em geral. Seria por motivos parecidos que a organização Torre de Vigia mantém um cadastro completo de ex-integrantes, incluindo nome completo, data de nascimento, de batismo, de expulsão, bem como cidade, estado, congregação e a lista de pecados que levaram à condenação? Independente disso, fica claro que o Escritório em Cesário Lange, caso desejasse saber quem lhe escrevia uma carta com teor considerado apóstata, bastava digitar meu nome em um computador e todos os meus dados apareceriam na tela, inclusive minha lista de pecados. Também, obviamente, o Escritório poderia telefonar para os anciãos em Guadalupe, que estes rapidamente diriam todas as informações que se lhes solicitasse a respeito de minha pessoa. Portanto, para os representantes da Torre de Vigia, em Cesário Lange, eu sou alguém de quem eles sabem tudo o que precisam saber, e com base nisso, podem julgar se lhes convém me dar qualquer resposta a qualquer carta que eu lhes envie.

Em conclusão, a qualquer tempo que uma carta da Torre de Vigia me chegar às mãos, ela será postada em meu blog, bem como em fóruns da internet, e constará em uma edição futura deste livro.

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