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Explicações para "Escravo" e "Corpo Governante"

Dois nomes distinguem plenamente a autoridade administrativa das Testemunhas de Jeová: “escravo fiel e prudente” e “Corpo Governante”. Atualmente, os dois termos designam o mesmo grupo de pessoas, e a vasta maioria das Testemunhas de Jeová se volta para ele em busca de orientação (o alimento espiritual). 

Depois que se começou a fazer uso do termo “corpo governante”, as publicações da Torre de Vigia logo começaram a trazer mais e mais artigos que citavam o capítulo 15 de Atos como justificativa bíblica para o termo. 

Lemos nesse capítulo que alguns judeus da Judeia, que se haviam tornado cristãos, foram até a cidade de Antioquia, da Síria, e tentaram impor aos cristãos daquela cidade uma ordenança da Lei de Moisés chamada circuncisão. Isso causou grande confusão entre os cristãos de Antioquia, certamente grande parte deles de origem pagã; portanto, pessoas que se tornaram cristãos, sem que lhes fosse exigido que passassem pelo processo da circuncisão. O que os judeus da Judeia afirmaram-lhes é que passar pelo processo da circuncisão era essencial para a salvação, algo que contrariava o que eles certamente ouviram daqueles que lhes haviam administrado o batismo em nome de Cristo. Paulo e Barnabé, que estavam em Antioquia, foram enviados a Jerusalém, cidade que ficava na região da Judeia, onde moravam os apóstolos; os cristãos de Antioquia presumiram poder obter deles uma decisão definitiva e segura sobre o assunto da circuncisão, quanto a se era ou não era essencial para a salvação. O relato de Atos mostra que os apóstolos se reuniram e tomaram uma decisão favorável aos cristãos de Antioquia. Ao final uma carta escrita pelos apóstolos foi enviada aos cristãos espalhados por diversas cidades do império romano.

Esse conceito de um corpo de pessoas que se juntam para decidir questões eclesiásticas é, pois, a justificativa para a nova realidade das Testemunhas de Jeová. Conforme alimentadas pelo Corpo Governante, elas passaram a “entender” que, assim como no primeiro século havia um grupo de homens governando os fiéis de todo o mundo cristão, assim também hoje um grupo de homens deveria ter legitimidade bíblica para governá-las. 

Como visto anteriormente, a autoridade religiosa defende a ideia de que, dentre todas as religiões, a denominação Testemunhas de Jeová foi a única aprovada num teste realizado por Cristo por volta de 1918, segundo explica, porque, ao contrário das demais, somente ela havia compreendido o sentido exato das Escrituras e, portanto, somente a sua liderança, por meio da pregação, estava fornecendo o alimento espiritual imaculado e no tempo apropriado, o que, segundo a interpretação, tornava essa cúpula a única qualificada para ser recompensada por Cristo, cumprindo assim a profecia de Mateus 24: 45,46. Nossa investigação, portanto, resume-se no seguinte: por volta de 1918, por ocasião do suposto exame, no que diz respeito a crenças, em que as demais religiões diferiam das Testemunhas de Jeová? Ficou provado além de dúvida, que as crenças exclusivas das Testemunhas de Jeová eram inteiramente baseadas na Bíblia? Somente uma resposta afirmativa à segunda pergunta pode dar alguma credibilidade ao Corpo Governante, no que diz respeito a ter sido a única liderança religiosa escolhida por Deus para representa-Lo na Terra. Examinemos então. 


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