Eu lhes garanto que esta geração de modo algum passará até que todas essas coisas aconteçam (Mateus 24: 34).
Foi ainda na era de Rutherford que a Sociedade Torre de Vigia deu uma breve explicação para essa declaração de Jesus Cristo.
(Raymond Franz conta que, já no ano anterior, a revista A Idade de Ouro (hoje Desperta!) “vinculou as palavras de Jesus sobre “esta geração” à data de 1914”) (Crise de Consciência, página 279).
Mas, segundo Raymond Franz, cerca de 20 anos depois, a organização religiosa passou a explicar que Jesus referia-se não especificamente aos ungidos, mas a toda e qualquer pessoa que vivia em 1914, no ano em que, segundo ela, Jesus assumiu o Reino no domínio espiritual e todos os sinais ditos por ele passariam a ocorrer (Mateus 24; Marcos 13 e Lucas 21). Esses sinais seriam as “coisas” que deveriam ocorrer – todas – no período de no máximo uma geração. E ao final de todas elas – obviamente – o fim do mundo! (Crise de Consciência, páginas 265 e 266).
Quando seria o fim do mundo? Como já vimos, essa pergunta, cuja resposta Jesus alertou que era posse exclusiva do Pai, serviu de laço para Russell e Rutherford. E como veremos agora, nem o aviso de Cristo nem os tropeços de lideranças anteriores servirão de freio aos líderes de então.
Segundo Raymond Franz, em princípio a medida de uma geração foi estimada em cerca de 30 a 40 anos. Serviu-se para isso de versículos tal como Números 32: 13, que menciona a palavra “geração” em conexão com “quarenta anos”. Contando 40 anos a partir de 1914, concluiu-se, na década de 40, que o fim do mundo devia estar dobrando a esquina. Então, com a chegada da década de 50, mas com o fim do mundo ainda à frente, um ajuste no cálculo mostrou-se necessário. Raymond Franz, fazendo referência à revista A Sentinela de 1º de setembro de 1952, páginas 542 e 543, menciona que a estimativa de uma “geração” passou a ser de uma vida inteira, isto é, 70 ou 80 anos (Crise de Consciência, página 265). Com esse novo entendimento, o fim do mundo podia ser esperado até para as próximas quatro décadas. Mas então em 1966 o grupo de Brooklyn publicou um livro que trazia fortes asserções de que o fim do mundo bem provavelmente poderia vir em 1975.
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