Esta tabuinha já fora citada pela Torre de Vigia no livro Venha o Teu Reino em princípios da década de 1980. Naquela época, a tabuinha mereceu apenas o desprezo da Torre de Vigia.
Essa tabuinha é admitidamente uma cópia feita no terceiro século A.E.C., de modo que é possível que sua informação histórica seja simplesmente a que era aceita no período selêucida (Venha o Teu Reino, página 187).
Mas por que essa tabuinha foi alvo desse desprezo? Porque o ano dos eventos astronômicos retratados por ela foi identificado como sendo 568 AEC; e como a tabuinha é datada do 37º ano do reinado de Nabucodonosor, fica estabelecido que até então já se passara 36 anos completos de seu reinado. Assim, recuando 36 anos a partir de 568 AEC, chega-se a 604/3 AEC como sendo o primeiro ano do reinado de Nabucodonosor. Isso coloca o seu 18º ano em 587/6 AEC, e, visto que a Bíblia diz que ele destruiu Jerusalém no seu 18º ano, isso põe por terra a cronologia da Torre de Vigia, que coloca a destruição de Jerusalém 20 anos antes, em 607 AEC. Vê-se, portanto, a razão do desprezo.
Trinta anos depois, a Torre de Vigia volta a abordar a VAT 4956. Dessa vez, ela considera que os fenômenos celestes citados na tabuinha podem ter ocorrido não só em 568 AEC, mas também vinte anos antes, em 588 AEC. Com isso, ao mostrar aos leitores Testemunhas essa suposta incerteza sobre os dados astronômicos da VAT 4956, a Torre de Vigia deseja derrubar de uma vez por todas as provas contra sua cronologia, pois se 588 AEC for de fato o 37º ano de Nabucodonosor, a data da destruição de Jerusalém é mesmo 607 AEC. Será que é exatamente assim?
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