Uma coisa que toda Testemunha de Jeová sabe é que todos os ensinamentos que provém da liderança estão sujeitos a ajustes. Essa realidade, segundo ensina a liderança, visa acompanhar a orientação do espírito santo, que, segundo explica, é de forma gradual que este faz aumentar o entendimento que os cristãos têm das Escrituras. Para apoiar esse conceito, a organização religiosa busca apoio na Bíblia, especialmente no seguinte provérbio bíblico:
Com respeito a esse assunto, e depois de se apoiar no texto bíblico acima citado, a liderança religiosa escreveu o seguinte (o itálico é dos autores):
Pelo que sei, não há nenhum motivo para crermos que o exemplo citado não seja verdadeiro. No entanto, diante de outros ajustes que houve, alguns dos quais serão examinados com mais detalhes nos próximos dois capítulos, esse chega a ser ridículo pela insignificância. Essa prática de ajustes é tal que a religião das Testemunhas de Jeová está praticamente descaracterizada em comparação com a religião que surgiu há cerca de 100 anos. E pelo visto, para o futuro, continuará se descaracterizando em relação ao estado em que atualmente se encontra. Contrariando a justificativa apresentada acima, as evidências indicam que muitos ajustes têm ocorrido, não em decorrência de orientação divina, mas por ter ficado claro que alguns conceitos estavam ficando claramente indefensáveis. Ora, se estes foram adotados sob a argumentação de que eram de origem divina, como é possível que estejam sujeitos a correção? E como ter certeza que a correção também não está sujeita a ser corrigida? Como será mostrado no capítulo 7, a Bíblia não dá nenhum suporte a algo desse tipo; portanto, a conclusão óbvia é que variadas interpretações bíblicas da religião, que são tachadas de verdades absolutas, na verdade não passam de meras especulações humanas. E se lembrarmos que a pessoa, ao se tornar Testemunha de Jeová, praticamente “assina” um contrato de lealdade à liderança, é notável que essa pessoa decidiu entrar na religião porque está de acordo com os atuais conceitos, mas que, sem que tenha sido claramente alertada durante os seis meses de estudo, ela poderá ser surpreendida com a alteração desses conceitos, os quais, quer concorde, quer não, terá obrigatoriamente que aceitar, sendo que a não aceitação resultará em ela ser excomungada sob a acusação de apostasia.
Diante da insatisfação de alguns com relação a alterações de conceitos, a liderança religiosa diz o seguinte, conforme a fonte citada acima:
No entanto, conforme mostra o capítulo três deste livro, em um dado assunto, as alterações mais se assemelham aos rastros deixados por um cego na areia do tempo. Pretender que isso seja aceito como sendo “o propósito progressivo de Deus” é subestimar em demasia a inteligência de qualquer um que tenha pelo menos um conhecimento rudimentar dos tratos de Deus com a humanidade.
Visto que essa é a realidade, não seria nada mais que um nobre ato de honestidade deixar isso bem claro nos livros de estudos destinados à formação de novos membros. No entanto, como nos demais casos, quase somente depois de batizado é que o novo converso se tornará consciente disso – e talvez da maneira mais cruel possível.
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