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Finanças

Quem é Testemunha de Jeová sabe com quanta frequência a Organização Torre de Vigia publica alertas contra a ostentação financeira e a busca desenfreada por bens materiais.

Os alertas geralmente são assim justificados: Visto que estamos tão próximos do fim deste velho mundo, então não vale a pena investir tempo e recursos em grandes empreendimentos financeiros, o que, por sua vez, torna desnecessário investir tempo e recursos em cursos universitários; em contrapartida, todos os seu tempo e recursos devem ser gastos no serviço de evangelização, o que significa agir de acordo com a ordem de Cristo de buscar primeiro o Reino (Mateus 6: 33).

Seguindo esse conselho, as Testemunhas de Jeová de modo geral não fazem cursos universitários e, em consequência, nas épocas de crises muitas delas veem-se despreparadas para enfrentar o competitivo mercado de trabalho, bem como condiciona há muitas a não ter uma vida digna quando idosas. Também é em harmonia com essa recomendação, e na expectativa de que um novo mundo está às portas, que muitos casais Testemunhas decidem também não ter filhos; então, quando tardam o novo mundo e um cônjuge falece, o outro, geralmente já idoso, fica a depender da boa vontade das demais Testemunhas e de familiares não imediatos, os quais muitas vezes, em razão de não serem Testemunhas, não tiveram a sua amizade por quase toda a vida. E é particularmente desesperadora a situação de uma Testemunha que, depois de ter seguido os ditames da religião por toda a vida, por uma ou outra razão acaba por ser desassociada ou dissocia-se quando já em idade avançada. Nessas condições, sem nenhuma possibilidade de poder recorrer às Testemunhas em busca de ajuda, resta-lhe pedir ajuda a um parente ou viver em um asilo (como exemplo de alguém a quem só restou o asilo, veja o livro Em Busca da Liberdade Cristã, de Raymond Franz, páginas 422-426).

Em razão dessa postura adotada pela Torre de Vigia, as Testemunhas de Jeová acabam por formar uma comunidade religiosa com baixa escolaridade e baixa condição financeira, e também é possível que essa condição seja também alimentada pela maior facilidade que têm as pessoas mais instruídas de detectar possíveis falhas e, em consequência, dissociar-se da religião, ou nem mesmo a ela associar-se. Em apoio dessa última afirmação, pode-se citar o fato de que nos países desenvolvidos, de modo geral, o crescimento do número de Testemunhas ultimamente tem sido ínfimo ou nulo; o Japão, por exemplo, que é um país muito escolarizado, tem tido crescimento negativo há vários anos (O capítulo 8 mostra alguns números sobre o crescimento das TJs nos países onde possuem maior número).

Agora cabe perguntar: será que o Corpo Governante toma para si esse mesmo estilo de austeridade econômica?

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